Explorando os clássicos de aventura: "Robinson Crusoé" e "As Minas do Rei Salomão" (Resenha)
- crisnacaroline
- 14 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 22 de ago. de 2021
O pessoal que já me acompanha lá no Instagram com certeza vai lembrar do Projeto Exploradores.

Para quem não conhece, eu explico: o Projeto Exploradores foi (é?) um clube de leitura só de clássicos de aventura, organizado por mim junto com a Ada do @soterradaporlivros, a Dani do @chimarraoelivros e a Dani do @fronteirasliterarias.

Ao longo de 2020, nós lemos 11 obras, teve até mapinha desenhado especialmente (por mim, aliás, sou designer, mandem jobs) para o projeto, com marcadores, templates, diário de leituras e um grupo maravilhoso que abraçou mesmo a causa e enriqueceu nossos debates!
“Mas Crisna, esse projeto não acabou em dezembro?”
É... Acabou mais ou menos, mas isso é conversa para o futuro... 👀
A questão é que, me julguem, mas eu ainda tinha resenhas pendentes do projeto. Até agora...

Em "Robinson Crusoé", de Daniel Defoe, leitura de novembro, conhecemos um homem que, na ânsia de viajar, abandona a família na Inglaterra e ganha os mares. Porém (e aqui parece mesmo que rogaram praga nele) sua jornada é repleta de grandes perigos e situações difíceis.
Foi uma obra que eu sofri muito para ler, não gostei do personagem, que é egoísta e ambicioso, nem da sua história, e menos ainda do discurso colonialista e religioso que aparece em vários momentos, principalmente no momento pelo qual a obra é mais conhecida [SPOILER], quando ele acaba preso por anos em uma ilha.
Nem a aventura salvou, já que o personagem é cansativo e chato. As descrições do diário dele foram soníferos eficazes para mim, e nada me irritava mais do que quando ele entrava em um loop eterno: agradecer a Deus por estar vivo > perguntar a Deus o que ele fez para estar naquela situação > lembrar que foi um ser humano de m**** > voltar a agradecer a Deus, porque o castigo podia ser pior, e assim por diante. Essa nem é a única repetição, e grande parte dele só foi por leitura dinâmica.
Já o livro de dezembro, "As Minas do Rei Salomão", de Henry Rider Haggard, narra a jornada de Alain Quatermain em direção a um lugar remoto na África, cercado de mistérios e que já levou diversos homens à morte. Ele foi contratado para ajudar um lord inglês a encontrar seu irmão desaparecido, e os dois têm a companhia de um oficial inglês e um rapaz africano.
Eu gostei do livro. Apesar de ter diversas problemáticas típicas das obras de aventura da época, principalmente a forma preconceituosa como as pessoas nativas da África eram vistas, mas a aventura em si é interessante, pois o percurso que os personagens precisam fazer é perigoso, e o destino, completamente inesperado.
O enredo, que tem momentos divertidos, ainda traz algumas visões até avançadas para o período no qual foi escrito, e é uma leitura fluida. Não foi um favorito, mas sem dúvidas foi agradável.
Não deixa de seguir nossos perfis lá no Instagram e ficar atente, pois estamos planejando uma surpresa especial.
Título: Robinson Crusoe
Autor(a/e): Daniel Defoe
Ano de publicação: 1719
Editora desta edição: Amazon Classics
Título: King Solomon's Mines
Autor(a/e): Henry Rider Haggard
Ano de publicação: 1885
Editora desta edição: Amazon Classics
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