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Victoria Aveyard se aventura pela alta fantasia em "Destruidor de Mundos" (Resenha)

Minha primeira experiência com a escrita de Victoria Aveyard aconteceu há alguns anos quando li os dois primeiros volumes da série "A Rainha Vermelha". Na época, achei que a série tinha potencial, mas o segundo livro não me animou a continuar. Por isso, quando a Companhia das Letras me enviou "Destruidor de Mundos" fiquei com um pé atrás, mas decidi dar uma chance.



Primeiramente, esse é um livro muito diferente em estilo de "A Rainha Vermelha". Se você gostou da série ou se ela faz mais seu estilo de leitura, talvez precise se preparar para ler esse, que se encaixa mais no gênero de alta fantasia.


Na história, conhecemos um mundo ameaçado pela ganância de um príncipe rejeitado por sua família. Um lugar onde há um povo de vida longa vindo de outra dimensão que sonha em voltar para seu lar. Uma terra que fechou todas as passagens a essas dimensões para se proteger... até agora. E a única esperança para que essas passagens não sejam abertas novamente reside em um grupo de desajustados: um escudeiro, um imortal, uma assassina, uma velha feiticeira e a filha de uma pirata.


Eu dei uma olhada em alguns comentários, e vi pessoas reclamando dos capítulos grandes e do tamanho do livro. Até eu que não sou adepta a calhamaços sei que um livro de alta fantasia de 560 páginas não é grande. Outras disseram que é descritivo, tem muitos personagens e não explica nada sobre o mundo... Novamente, é um livro de alta fantasia. Eu ficaria bem chateada se ficassem explicando tudo. Dá pra entender muita coisa sobre o funcionamento e a história daquele universo só de ler nas entrelinhas.


Ah, a Victoria incluiu o Tolkien nos agradecimentos. Talvez isso dê alguma pista do que esperar da obra, mas leitores com mais bagagem no gênero não devem esperar nada muito genial. O livro é muito introdutório, e é muito mais focado no enredo que nos personagens, porque 560 páginas não são suficientes pra aprofundar todos. E sim, tem muitos personagens e lugares (preciso mencionar o gênero do livro novamente? Quem está acostumado nem vai achar que são tantos).


Eu gostei muito que não tenha havido nenhum romance ainda, mesmo que a gente já vislumbre o possível surgimento de alguns, é algo em paralelo ao enredo principal, não o foco. Há menções a relacionamentos LGBTQ+, mas ainda não vimos nada. Espero mais desenvolvimento disso nos próximos. Os personagens são sim meio sem graça, mas eu até achei que a autora foi incluindo pequenos detalhes sobre o passado deles e algumas mudanças graduais no comportamento, e o fato de termos várias personagens femininas fortes e bastante diversidade são pontos positivos. Creio que eles serão aprofundados nos próximos volumes.


Um ponto que me chamou atenção foi o carisma dos vilões, um elemento que parece recorrente na escrita da autora, pois senti bastante quando li "A Rainha Vermelha".


A verdade é que não considerei "Destruidor de Mundos" incrível, mas achei a leitura fluida, e foi um bom passatempo. Quero ler a continuação e descobrir aonde essa história vai dar.


O kit que recebi da Companhia das letras ainda acompanhou uma carta da autora, um marcador transparente muito bonito e um mapa colorido que me auxiliou demais durante a leitura. O mesmo mapa também está representado no início do livro em preto e branco, permitindo a consulta sempre que necessário.


Lá no meu perfil do Instagram tem um reels mostrando o kit.


Título: Destruidor de Mundos

Autor(a/e): Victoria Aveyard

Ano de publicação: 2021

Editora desta edição: Seguinte

Tradutores: Guilherme Miranda e Lígia Azevedo



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