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Um Encontro de Contos: Clube da Caixa Preta traz clássicos escritos por pessoas negras

Atualizado: 22 de ago. de 2021

Na minha busca por ler mais autories negres, eu encontrei pelos caminhos da Internet a Editora Escureceu. Além dos financiamentos de livros impressos, a editora organiza também o Clube da Caixa Preta, descrito como uma iniciativa:


“[...]para resgatar e promover contos clássicos de ficção escritas por autores negros.”

Todes profissionais envolvides nos projetos são negres, especializados em literatura e questões raciais, e as obras enviadas são inéditas no Brasil. Para conhecer mais sobre o projeto, recomendo visitar o Instagram da editora e a página do projeto no Catarse.


Estou assinando o Clube desde janeiro, e a experiência tem sido muito boa. Gosto muito de ler contos e ainda fui apresentada a obras de diverses autories que eu não conhecia. Todo mês recebemos conteúdos extras e também temos acesso a descontos, brindes e sorteios, além das obras em si, que são verdadeiros achados.


Abaixo, falo um pouco sobre alguns contos que eu já li através do clube.



Santuário (Nella Larsen)


Talvez você já tenha ouvido falar da autora pelo romance “Identidade”, publicado pela HarperCollins em 2020 (e que eu vou ler ainda esse mês). Neste conto enviado em dezembro de 2020, a autora nos apresenta a um rapaz que atirou em um homem e, ao fugir, pede abrigo a uma senhora de idade, que aceita escondê-lo a contragosto por dois motivos: ele ser negro e amigo de seu filho. É um conto muito bem construído e com um desenrolar impactante.


O Homem Errado (Nella Larsen)


Outro conto da autora, este enviado em janeiro de 2021. Nele, vemos uma bela jovem em uma festa, porém preocupada e incomodada com a presença de um convidado inesperado: um homem que ela não via há muitos anos. Eu confesso que achei esse conto muito divertido, com reviravoltas que me surpreenderam.


Em Nossa Vizinhança (Alice Dunbar-Nelson)


Outro conto enviado em janeiro de 2021, vemos uma família preparando-se para dar uma festa, e os comentários provocados por ela em toda a vizinhança. O conto tem seus momentos felizes e tristes, mas nem por um segundo perde o humor irônico de mostrar como é a vida em comunidade, principalmente a maldade dos vizinhos.


A Esposa de sua Juventude (Charles W. Chestnut)


Um solteirão rico e um tanto arrogante prepara-se para dar uma festa em sua casa e propor casamento a uma bela e jovem moça bem educada, quando uma mulher idosa aparece lhe pedindo ajuda para localizar se seu marido, com quem se casou ainda escrava, está na região. Uma narrativa que termina deixando no leitor muitas dúvidas e especulações.


Os Ratos do Cais (Eric Walrond)


Na região do Canal do Panamá, jovens se aventuram no mar, arriscando-se para pedir moedas aos viajantes brancos que chegam nos navios. Um deles é um rapaz que está tentando ajudar sua vizinha a conquistar seu amigo. Porém a constante presença da moça provoca incômodo na garota que vive em sua casa. Os caminhos dessa narrativa foram totalmente inesperados para mim, e os acontecimentos me deixaram dividida entre o horror e a hilaridade da situação.


Por fim, deixo o comentário que fiz sobre “A Cor do Natal” de Hellen G. Hicks em um post de dezembro. Foi um conto extra enviado a nós, apoiadores do financiamento de “Não Tão Branca” (livro de Jessie R. Fausset que recebo em breve), como brinde pelo apoio:

Sobre aquecer o coração [...] O conto, publicado em 1916, é um resgate feito pela editora. A história de uma moça negra que ajuda duas crianças pobres, órfãs e também negras em uma véspera de Natal também é do tipo que renova a esperança no ser humano.


Eu recomendo ir lá acompanhar o trabalho da Editora Escureceu, assim você vai conhecer melhor o projeto e saber sempre que tiver um novo financiamento.


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